- A Shell divulgou na quinta-feira um lucro no terceiro trimestre de US$ 6,2 bilhões, aproximadamente em linha com as estimativas.
- O lucro foi superior aos US$ 5,1 bilhões do segundo trimestre, mas marcou um declínio acentuado em relação aos US$ 9,45 bilhões reportados um ano antes.
Pessoas abastecem seus veículos em um posto de gasolina Shell em Alhambra, Califórnia, em 2 de outubro de 2023.
Frederico J. Marrom | Afp | Boas fotos
A petrolífera britânica Shell reportou na quinta-feira um lucro no terceiro trimestre de 6,2 mil milhões de dólares, correspondendo aproximadamente às estimativas, uma vez que a empresa beneficiou dos preços mais elevados do petróleo e das margens de refinação.
Os analistas esperavam lucros ajustados de US$ 6,48 bilhões, de acordo com o consenso compilado pelo LSEG.
O lucro foi superior aos 5,1 mil milhões de dólares do segundo trimestre, mas marcou um declínio acentuado em relação aos 9,45 mil milhões de dólares reportados há um ano, quando o conflito Rússia-Ucrânia elevou os preços do petróleo e do gás.
A empresa também anunciou uma recompra de ações de US$ 3,5 bilhões nos próximos três meses. O CEO da Shell, Wal Chavan, disse que a meta de US$ 6,5 bilhões para o segundo semestre do ano é agora “significativamente maior” do que os US$ 5 bilhões anunciados em junho.
“A Shell apresentou mais um trimestre de forte desempenho operacional e financeiro, aproveitando oportunidades em mercados voláteis de commodities”, disse Chavan em comunicado.
O fluxo de caixa livre caiu para US$ 7,5 bilhões, de US$ 12,1 bilhões no segundo trimestre. As despesas de capital em dinheiro aumentaram de US$ 5,1 bilhões para US$ 5,6 bilhões.
As grandes empresas de energia estão a beneficiar de um ano recorde, impulsionado pelo aumento dos preços dos combustíveis fósseis.
A BP divulgou na terça-feira uma queda anual no lucro do terceiro trimestre, de US$ 8,15 bilhões para US$ 3,293 bilhões, abaixo das estimativas dos analistas, enquanto a francesa TotalEnergies teve um desempenho ligeiramente melhor na semana passada.
Os preços do petróleo subiram acentuadamente no trimestre devido a factores como os cortes na oferta da Arábia Saudita e da Rússia, enquanto a Agência Internacional de Energia afirmou que os mercados petrolíferos estavam nervosos devido à escalada de conflitos no Médio Oriente.